Em algum momento da minha vida, acreditei que seria possível ser feliz com um estalar de dedos, com um simples sorriso nos lábios e uma palavra descontraída. Foi o maior erro já cometido por mim. Sinceramente, eu tenho medo de ser feliz. Medo, não: PAVOR! Como seria encontrar sua felicidade, acreditar que será plena e, de repente, não há mais nada? Como seria acreditar que cada coisa que você passa a possuir é mais um motivo pra você dizer “Eu sou feliz” e depois você percebe que aquilo não foi verdadeiramente seu? Como seria acreditar em um amor eterno e depois ele esfria e acaba? Como seria tentar construir sua vida ao lado de alguém que você ama e não ser apoiada por ninguém? Perguntas, perguntas e mais perguntas. Por que esses pontos de interrogações não somem logo do meu consciente e param de perturbar minha mente? - e, mais uma vez, as perguntas aparecem. - Talvez eu tente procurar uma explicação pra tudo na vida, talvez eu simplesmente queira diminuir esse vazio dentro de mim. Meus medos muitas vezes me seguram ao chão e não me permitem voar em busca de um sonho perfeito. Sei que minha dor não chega nem aos pés da dor de milhares de pessoas ao redor do mundo, e não equivale a sequer um espinho na cabeça de Jesus. Mas, não sei mais o que fazer ou o que dizer. Sou feliz em determinados momentos, triste em outros. Dou gargalhadas e choro, no silêncio da noite, dentro de um mundinho feliz e infeliz, sendo controlada por quem quer me proteger. Mas, infelizmente, a vida é errar. Assim, eu nunca vou aprender, vou ser dependente dessas pessoas e o mundo lá fora poderá me derrubar!
Vou contar-lhes uma história da Carochinha: "Era uma vez... Uma garota que tinha apenas 15 anos quando aprendeu a voar. Antes possuía somente um par de asas inocentes, imáculas, que tentavam levantar vôo, mas não possuiam resistência suficiente, não sabiam como ordenar as passadas das asas e atravessar o vento. Atingiu a mocidade, aprendeu a usar seu par alado. Porém, em um dos seus primeiros vôos, esbarrou em um outro anjo, misterioso, inseguro, inconstante, que quebrou uma parte de sua asa esquerda e levou consigo. A vida daquela anja recém quebrada nunca foi a mesma, ela se tornara incrédula na magia da realidade. Ela desaprendeu a voar, a amar e a acreditar que podia ser diferente. O ladrão nunca devolvera sua asa. Ele nem se importa. Ela nunca voltará a voar como tal fazia. Decidiu, então, escrever!"
domingo, 6 de fevereiro de 2011
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2 comentários:
.. Noossa.. esse tocou lá no meu fundo.. parabéns pelo texto... tem muitas adolescentes (eu) qeu se sente assim tbm... estamos juntas nessa ..
aa, mto obrigada Déh *-* .
espero qê vs's se indentifiquem com meos post's msm, para percebermos que outras pessoas tbm passam pela msm coisa e nos consolar, neh !