Vou contar-lhes uma história da Carochinha: "Era uma vez... Uma garota que tinha apenas 15 anos quando aprendeu a voar. Antes possuía somente um par de asas inocentes, imáculas, que tentavam levantar vôo, mas não possuiam resistência suficiente, não sabiam como ordenar as passadas das asas e atravessar o vento. Atingiu a mocidade, aprendeu a usar seu par alado. Porém, em um dos seus primeiros vôos, esbarrou em um outro anjo, misterioso, inseguro, inconstante, que quebrou uma parte de sua asa esquerda e levou consigo. A vida daquela anja recém quebrada nunca foi a mesma, ela se tornara incrédula na magia da realidade. Ela desaprendeu a voar, a amar e a acreditar que podia ser diferente. O ladrão nunca devolvera sua asa. Ele nem se importa. Ela nunca voltará a voar como tal fazia. Decidiu, então, escrever!"

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Esse vazio que mora em mim


Em algum momento da minha vida, acreditei que seria possível ser feliz com um estalar de dedos, com um simples sorriso nos lábios e uma palavra descontraída. Foi o maior erro já cometido por mim. Sinceramente, eu tenho medo de ser feliz. Medo, não: PAVOR! Como seria encontrar sua felicidade, acreditar que será plena e, de repente, não há mais nada? Como seria acreditar que cada coisa que você passa a possuir é mais um motivo pra você dizer “Eu sou feliz” e depois você percebe que aquilo não foi verdadeiramente seu? Como seria acreditar em um amor eterno e depois ele esfria e acaba? Como seria tentar construir sua vida ao lado de alguém que você ama e não ser apoiada por ninguém? Perguntas, perguntas e mais perguntas. Por que esses pontos de interrogações não somem logo do meu consciente e param de perturbar minha mente? - e, mais uma vez, as perguntas aparecem. - Talvez eu tente procurar uma explicação pra tudo na vida, talvez eu simplesmente queira diminuir esse vazio dentro de mim. Meus medos muitas vezes me seguram ao chão e não me permitem voar em busca de um sonho perfeito. Sei que minha dor não chega nem aos pés da dor de milhares de pessoas ao redor do mundo, e não equivale a sequer um espinho na cabeça de Jesus. Mas, não sei mais o que fazer ou o que dizer. Sou feliz em determinados momentos, triste em outros. Dou gargalhadas e choro, no silêncio da noite, dentro de um mundinho feliz e infeliz, sendo controlada por quem quer me proteger. Mas, infelizmente, a vida é errar. Assim, eu nunca vou aprender, vou ser dependente dessas pessoas e o mundo lá fora poderá me derrubar!

2 comentários:

Débora Ferreira disse...

.. Noossa.. esse tocou lá no meu fundo.. parabéns pelo texto... tem muitas adolescentes (eu) qeu se sente assim tbm... estamos juntas nessa ..

Fernanda Daher disse...

aa, mto obrigada Déh *-* .
espero qê vs's se indentifiquem com meos post's msm, para percebermos que outras pessoas tbm passam pela msm coisa e nos consolar, neh !