Vou contar-lhes uma história da Carochinha: "Era uma vez... Uma garota que tinha apenas 15 anos quando aprendeu a voar. Antes possuía somente um par de asas inocentes, imáculas, que tentavam levantar vôo, mas não possuiam resistência suficiente, não sabiam como ordenar as passadas das asas e atravessar o vento. Atingiu a mocidade, aprendeu a usar seu par alado. Porém, em um dos seus primeiros vôos, esbarrou em um outro anjo, misterioso, inseguro, inconstante, que quebrou uma parte de sua asa esquerda e levou consigo. A vida daquela anja recém quebrada nunca foi a mesma, ela se tornara incrédula na magia da realidade. Ela desaprendeu a voar, a amar e a acreditar que podia ser diferente. O ladrão nunca devolvera sua asa. Ele nem se importa. Ela nunca voltará a voar como tal fazia. Decidiu, então, escrever!"

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Às vezes...


me vem vários pensamentos. Muitos idiotas, outros engraçados, mas a maioria são sérios. Pensamentos que vagam em minha monótona cabeça, que perturbam meus neurônios e enfraquecem minhas células, por não encontrarem respostas, às vezes, óbvias para os outros, mas que eu não consigo entender. Por que as pessoas têm que ser hipócritas? Por que ninguém é eterno?  Por que as pessoas com quem mais nos importamos, são as que menos se importam com nós? Por que tudo tem que ser assim? Por que eu não posso ter o poder de mudar as coisas que estão a minha volta? Por que o amor é tão banal e doloroso, tão alegre e tão tristonho, tão carinhoso e tão cruel, tão eterno e tão passageiro? Por que os sentimentos mais intensos têm que ser pela pessoa mais mesquinha e mentirosa? Por que pessoas dão certeza do que não fazem idéia do que seja verdadeiro?  Essas são apenas um milímetro de perguntas, escritas em mais de milhões de quilômetros que estão em minha mente. A cada segundo, cada instante insensato dessa vida, eternas questão se formam e abalam meu humor. Isso ocorre por que a cada dúvida, o vazio em meu peito aumenta. Me desgasta, me consome, me irrita, me destrói. E a cada momento crucial onde percebo que essas perguntas não fazem sentido para mim, não têm respostas convincentes que me ajudam a superar a dor das outras sem resolução; meu coração sangra, grita, suplica aconchego e carinho, algo que amenize as torturas do vazio. Essas perguntas só me levam a uma resposta: não há ninguém que me satisfaça, senão, você. Apesar de ser o culpado de toda essa loucura incessante e dolorosa - culpado sim, não adianta negar – você, também, é o único capaz de supri-las, de acalmá-las e preencher esse vácuo no meu coração (mesmo que por alguns instantes). Mas a vida é assim, esse é o grande mistério do “saber viver”: encontrar resolução pra suas perguntas, descobrir qual é o segredo que abre seu coração para aceitar novidades e aprender a saciar-se apenas com a beleza do universo, pois a beleza do homem é passageira e imbecil. E isso tudo, eu só vou encontrar e descobrir o verdadeiro significado de ser feliz, quando você estiver ao meu lado, me levantando, me amando e preenchendo esse vazio enfraquecedor, que passou a existir quando você me deixou sozinha, sem ar, sem chão. Pois se ainda dói, é por que metade de mim você levou contigo. Enquanto isso não acontece, eu vou me acostumando a me desmanchar cada dia mais e mais; afinal, se você não pode contra a dor, una-se a ela e espere até que sua salvação retorne. E é isso que estou fazendo, ESPERANDO VOCÊ VOLTAR!
escrito dia 01/10/10
PS.: O mundo dá voltas (:

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