Vou contar-lhes uma história da Carochinha: "Era uma vez... Uma garota que tinha apenas 15 anos quando aprendeu a voar. Antes possuía somente um par de asas inocentes, imáculas, que tentavam levantar vôo, mas não possuiam resistência suficiente, não sabiam como ordenar as passadas das asas e atravessar o vento. Atingiu a mocidade, aprendeu a usar seu par alado. Porém, em um dos seus primeiros vôos, esbarrou em um outro anjo, misterioso, inseguro, inconstante, que quebrou uma parte de sua asa esquerda e levou consigo. A vida daquela anja recém quebrada nunca foi a mesma, ela se tornara incrédula na magia da realidade. Ela desaprendeu a voar, a amar e a acreditar que podia ser diferente. O ladrão nunca devolvera sua asa. Ele nem se importa. Ela nunca voltará a voar como tal fazia. Decidiu, então, escrever!"

sexta-feira, 8 de julho de 2011

"Cantinho seguro"


     Brisa leve, tão suave quanto o toque da mais pura seda. Cheiro de inverno, sim, cheiro de frio, de chocolate quente, de canela no leite. Mas, ainda não era inverno, o outono mal chegara. As flores estavam a cair, exalando no vento constante e delicado, o perfume das flores mais raras do mundo.
     Uma imensidão de campina verde, brilhando à luz do sol que acabara de aparecer. Os orvalhos sobre as folhas, cristalizavam o local com sutileza.
     Silêncio! Aquele silêncio de cachoeira, com a queda furiosa das águas, produzindo um sussurrar tão tranquilizante.
     Lá ao fundo, uma casinha velha, com cheiro de madeira, com a testura rude das ruínas. Mas, era tão linda, tão simples, tão rica em detalhes, mesmo descascados, enferrujados e desmoronados.
     Ao lado daquele vaso antigo e talvez precioso, uma lareira pequena e impotente. Bom, era ali que eu esquentava o meu corpo e aquecia o meu coração enquanto você não estava por perto.

Texto da redação proposta na apostila ")

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